domingo, 23 de setembro de 2012

ERROS QUE PODEM DETERMINAR O FIM DE UM EMPREENDIMENTO


Após a efeméride de ontem, em honra ao dia do Contador, voltamos à condição normal desse blog, que é a intenção de gerar informações minimamente interessantes e úteis sobre temas que direta ou indiretamente afetam:
  • A formação/qualificação da nossa área de conhecimento;
  • A área de negócios, inseridos aí Contabilidade, Administração e Economia;
  • A gestão de negócios em geral;
  • Consultorias contábeis – Controladoria – Finanças, etc.

Preocupando-nos sobremaneira a continuidade operacional das pequenas médias empresas, voltamos a tratar desse assunto, buscando gerar informações que de alguma forma, possam ser úteis à gestão dessas entidades que tem representação significativa para o sucesso da economia do país.

E, com isso, como sempre faço, indico a leitura do texto postado abaixo, que trata de erros que se cometidos pelo empreendedor/gestor desses negócios, podem determinar a descontinuação do mesmo.

Vejam:

 

8 frases que indicam que sua empresa pode quebrar

 

Especialistas mostram que tipo de atitude pode fazer com que o seu negócio feche as portas antes de dar resultados


Lygia Haydée, de 

De acordo com o Sebrae, quase 80% das pequenas empresas quebram no primeiro ano de vida. Isso se deve, em grande parte dos casos, a erros que estavam na base do negócio e que não foram detectados como prejudiciais para o bom desenvolvimento da empresa. “Qualquer falta de profissionalismo é prejudicial e mostra que a falta da gestão faz com que as chances de prosperar sejam muito pequenas”, diz Rodrigo Zeidan, professor de economia e finanças da Fundação Dom Cabral.

Para seguir no caminho certo, é preciso entender a importância de um bom planejamento. “Para evitar que um negócio quebre, é preciso que seja feito um planejamento prévio, pois ele é um resumo de todas as ações que você precisa assumir para que a empresa prospere”, recomenda Luiz Biagio, professor da Business School São Paulo. 

Nele devem constar informações básicas como:
  • A quantidade de capital necessária para manter a empresa;
  • A avaliação do mercado, do perfil do cliente, da concorrência e dos fornecedores;
  • A regulamentação do setor em que sua marca se encaixa.

“Faça desse planejamento o seu livro de cabeceira, para que você evite problemas. Mas é claro que é preciso sempre ajustá-lo conforme as mudanças do mercado”, avalia o professor.

Por isso, é tão importante que o empreendedor fique atento às atitudes que são assumidas no seu negócio. Com a ajuda de especialistas, EXAME.com elaborou uma a lista dos erros mais comuns que acabam levando uma empresa à falência. Fuja de todos eles para que a sua marca dê certo.

1. "Depois eu acerto as finanças"
Não tem como manter um negócio funcionando bem se o lado financeiro não estiver a pleno vapor. “É preciso ter controle de caixa para que a marca progrida. E aqui não entram, apenas, as finanças básicas da empresa. É preciso saber, também, se a produção está funcionando e se o preço praticado está adequado, pois todas as áreas devem ser monitoradas”, diz Ari Rosolem, consultor do Sebrae-SP.
Lembre-se, ainda, de que você tem despesas fixas e variáveis para arcar no fim do mês e que isso deve fazer parte do seu planejamento financeiro para evitar sustos.

2. "Quanto mais estoque, melhor"
É claro que o estoque deve sempre corresponder às necessidades da empresa. Mas, às vezes, o empreendedor não percebe que algumas ações podem estar sendo prejudiciais para a saúde do negócio. “No caso do estoque, o melhor é comprar menos para que ele gire mais rápido e gere mais dinheiro. Então, não caia na armadilha de adquirir grandes quantidades de um mesmo produto porque ele está saindo demais, pois ele pode ficar encalhado, gerando prejuízo”, alerta Rosolem.

3. "Dinheiro da empresa é dinheiro do dono"
Sempre tenha uma regra na cabeça: é fundamental que você separe a sua vida pessoal do caminho que a empresa precisa seguir. Por isso, nada de usar o caixa do negócio para pagar contas particulares.
“Mas caso a empresa já pague mensalmente débitos que deveriam sair do seu salário, coloque essas despesas nos custos fixos para que o lado financeiro do seu empreendimento fique redondo. Analise se isso não está sacrificando o seu negócio e, se estiver, é hora de recalcular os seus gastos”, recomenda Rosolem.

4. "Investimento no negócio é gasto"
Mesmo acreditando que a empresa está indo muito bem e não precisa de mudanças, os empresários não devem passar por cima de oportunidades de investimentos. “Isso costuma acontecer quando são tomadas decisões baseadas em instintos emocionais, outro erro que pode levar a empresa para o buraco”, conta Zeidan. Quando bem feito, um investimento nunca atrapalha os negócios.

5. "Vou insistir neste projeto mesmo com prejuízo"
O empreendedor pode ser apaixonado pelo seu negócio. Mas é preciso retroceder quando as coisas não vão bem. “Em casos de empresas que não rendem lucros, ou que estão dando prejuízos, é preciso repensar o negócio. Esse resultado pode ser consequência, também, da falta de projetos e de novas fontes de financiamento”, lembra Zeidan.

6. "Quem decide tudo é o dono"
Repare nas empresas bem sucedidas: muitas delas elevam à posição de sócio empregados chaves na organização, o que traz satisfação em fazer parte da equipe. “Não siga a cultura de controle comum no empresário brasileiro. Não querer dividir o poder dentro da organização é reflexo do medo do crescimento e de não saber delegar. Não se orgulhe de decidir tudo sozinho, pois essa atitude revela uma péssima escolha em quais projetos você deve concentrar seu tempo”, aconselha Zeidan.

7. "Atendimento é um detalhe"
De nada adianta todo o esforço nos bastidores do negócio, se na hora de se relacionar com o cliente você não se sair bem. “Empresário deve ter paciência para entender as exigências dos clientes. Por isso, é essencial que você o trate bem”, pondera Rosolem.
Uma boa estratégia para agradá-lo, inclusive, é planejar o seu preço de venda com margem para dar descontos quando o cliente pedir. “Mas não queira ser tão bonzinho a ponto de financiar demais a compra. Antes de tomar essa atitude é preciso fazer cálculos para saber se a empresa terá dinheiro para arcar com essa despesa”, diz, ainda, o profissional.

8. "Ser empreendedor não influencia no sucesso"
Há ainda outro fator muito importante para uma empresa saudável: ser empreendedor. “É preciso que você levante os seus pontos fortes e fracos para saber se você tem jeito para esse papel. Não adianta seguir apenas seu feeling. Isso é um grande erro. E lembre-se de que, para dar certo, você precisará ter conhecimento sobre a sua empresa, sobre o seu produto, e sobre finanças”, conta Biagio, professor da Business School São Paulo.


sábado, 22 de setembro de 2012

PARABÉNS AOS CONTADORES NESTE 22/09


Aqui não me interessam questiúnculas sobre se a data é a mais correta ou não.  Como contador que sou, e, costumo informar a aqueles com quem me relaciono que sou definitivamente contador por opção. Ou seja, decidi ser contador, pois essa foi a formação/profissão que escolhi para desempenhar na vida. Apenas aqui quero dedicar algumas palavrinhas à homenagem desse profissional de suma importância para a humanidade, haja vista, que essa área do saber existe referencialmente a mais de cinco mil anos (assim dizem os estudiosos das origens da contabilidade). Há quem afirme, que “foi a escrita contábil que gerou a escrita comum, segundo os mais famosos historiadores e especialistas , como Goody.

Mas, desprezando toda argumentação egocêntrica sobre a importância, grandeza e abrangência do fazer do contador, aqui homenageio esse profissional, através de figuras de importância irretocável e mais engrandecedora possível. 

Ou seja:

É extremamente gratificante e honroso ser colega de profissão de alguém que como afirma Joaquim Fernando da Cunha Guimarães no artigo O GUARDA-LIVROS “FERNANDO PESSOA” (publicado na Revista Electrónica “INFOCONTAB”  n.º 12, de Setembro de 2006):

“Com este breve apontamento pretendemos essencialmente dar a conhecer alguns aspectos da actividade de guarda-livros de Fernando Pessoa, pois temos a percepção que muitos profissionais de Contabilidade desconhecem esta sua faceta.”

Podendo também isso ser confirmado em seu Bilhete de Identidade:

Mas como bem informa Joaquim Guimarães, no artigo acima referido, Fernando “Pessoa colaborou na Revista de Comércio e Contabilidade sendo da sua autoria o primeiro artigo do primeiro número (Janeiro de 1926), sob o título “Palavras iniciais”, do qual extraímos a seguinte frase:”

“Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria...”.

Nessa revista, Fernando Pessoa, escreveu catorze artigos.


Outro grande expoente de nossa literatura tupiniquim, Graciliano Ramos, torna-se famoso pela qualidade literária e perfeita exatidão em termos de conteúdo e ordenamento dos seus relatórios contábeis de Prestação de Contas da Prefeitura de Palmeira dos Índios em Alagoas, quando de lá foi prefeito. Vejam o que diz Vera Lúcia Cruz et all no artigo denominado UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS DE EVIDENCIAÇÃO CONTÁBIL SOB A ÓTICA DE GRACILIANO RAMOS NOS ANOS DE 1928 E 1929, publicado na Revista de Contabilidade e Controladoria da Universidade Federal do Paraná:

“Os Relatórios elaborados por Graciliano Ramos, enquanto Prefeito da Cidade de Palmeira dos Índios em Alagoas nos anos de 1928 e 1929, são retratados para se chegar as suas explicações em relação à aplicação da contabilidade utilizada na época, se houve a utilização do Decreto n. 4.536, que organizou o Código de Contabilidade da União, datado de 28 de janeiro de 1922, nos termos e forma consignados no Regulamento Geral de Contabilidade Pública que surgiu.”

Mais adiante os autores do artigo, já evidenciam uma prática de Graciliano em atender àquela época, determinismos do modelo contábil anglo-saxão:

“Outro ponto dos Relatórios de Graciliano Ramos nos reporta também a comparação com a Legislação Societária da Inglaterra que desde 1844 exigia que as Demonstrações Contábeis se revistam das características do True and Fair View.   Esta exigência reflete a necessidade de que haja uma adequada Fidelidade entre os Registros Internos (físico-operacionais) e as Demonstrações Contábeis.  A palavra Verdadeiro tem o significado de ser o contrário de Falso e a palavra Justo tem o significado não só de Lucro adequado, mas também o de que corresponde à aplicação de adequadas Políticas Contábeis e que a Evidenciação (Disclosure) das informações contábeis reflete com adequada Fidelidade as transações e eventos que lhes deram origem.”

Com isso, congratulo-me com meus colegas contadores, considerando-me assim, ao menos hoje, extremamente envaidecido, feliz e honrado, em ser colega de profissão de dois expoentes magistrais e ímpar da arte da literatura da língua portuguesa:


Fernando Pessoa e Graciliano Ramos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A CONTABILIDADE / CONTROLADORIA A SERVIÇO DA SOBREVIVÊNCIA DAS PEQUENAS EMPRESAS

Nas minhas conversas com meus alunos das disciplinas Controladoria e Análise de Balanços, tenho sido intensivo e repetitivo no tocante a certas posições/orientações no sentido da preservação/continuidade das operações da pequena e média empresas. Principalmente quanto a responsabilidade do profissional de contabilidade/controladoria no tocante a alimentar esse tipo de empreendedor de informações qualificadas, determinantes a tomarem as melhores decisões com vistas à sobrevivência e sucesso de seu empreendimento.
 
Isso determina uma responsabilidade fundamental dos estudantes/profissionais dá área de negócios, especialmente aos de ciências contábeis, a fim de se fazerem abrangentemente preparados/qualificados para esse fim, tornando-se profundamente conhecedores dos negócios dos seus clientes ou segmentos organizacionais.
 
Como forma de consubstanciar essas discussões, sugiro a leitura da matéria publicada pelo Estadão/PME, postada abaixo.
 
Leiam!



Confira dez regras de sobrevivência fundamentais para a pequena empresa brasileira
Especialista indica que caminhos trilhar para a empresa ser bem sucedida
 
ANDRÉ ROSSI, ESPECIAL PARA O ESTADO DE S. PAULO  
Felipe Rau/AE

Abrir um negócio traz, muitas vezes, incertezas a respeito do futuro do empreendimento. Muitos questionamentos passam pela cabeça do pequeno empresário no momento de se lançar no mercado. Pensando na carência de informações práticas sobre esse universo, os especialistas em micro e pequenas empresas Dirceu Pio e Pedro Cascaes Filho lançaram o livro "Caminhos Seguros para o Empreendedor" (Paco Editorial, 2012). O objetivo da dupla é instruir esses empresários a como trilhar um caminho de sucesso e livrar seus pequenos negócios da ruína.

Em entrevista ao Estadão PME, Dirceu Pio estabeleceu 10 regras fundamentais para a sobrevivência do pequeno empreendimento. Se você pretende ou já tem um negócio, confira e veja de que maneira você pode aprimorá-lo.

1 - Como planejar a abertura de uma empresa?
Antes de abrir uma empresa, você tem que se cercar de todas as preocupações financeiras. O planejamento financeiro precisa ser feito por uma pessoa que tenha conhecimento nessa área de finanças. Caso não o tenha, o melhor a fazer é deixar esse trabalho na mão de um bom contador, que possa assessorar e que faça o serviço mais pesado.

2 - Como lidar com a falta de crédito facilitado?
Tem que evitar pedir empréstimo para parente. Somente em último caso, se tiver a certeza que vai poder pagar. Nada perturba mais um negócio do que ter um credor na família, ou um credor próximo de você. Analise as ofertas do banco de maneira geral. Analise tudo e peça ao seu contador ajuda para calcular os números.

3 - Negócios com familiares dão certo?
Não pense que sociedades nunca dão certo. Deve-se saber que, muitas vezes, uma boa ideia só se viabiliza com uma boa sociedade, seja com alguém da família ou com algum amigo. Para dar certo, você precisa tomar algumas providências.

A primeira delas é fazer a autocrítica quando algo dá errado e saber que não se pode culpar o sócio por tudo. Em segundo lugar, é importante você tomar informações sobre seu possível sócio, procurar saber quem é a pessoa com a qual você vai se associar para não entrar numa fria. Por fim, uma das coisas mais importantes é você resolver as pendências do negócio no dia a dia. Deve existir uma comunicação diária.

4 - Como deixar os clientes fascinados com a minha empresa ?
Ouvir o cliente tem que se tornar uma grande preocupação de rotina. Mais importante ainda é dar consequências práticas para as reclamações do cliente. Você pode ter uma pequena urna, um pequeno questionário. E é preciso estimular o consumidor a responder isso e levar muito a sério essa opinião. Se ele faz uma queixa, entre em contato com ele, ligue, dê uma satisfação.

5 - Como faço um bom planejamento de marketing?
A grande missão de uma pequena empresa deve ser na área de marketing. É ele quem vai determinar se o negócio vai fazer sucesso ou se ele vai fracassar. Pesquisas apontam que as duas grandes causas da morte das pequenas empresas é a dificuldade em lidar com dinheiro e a falta de visão de marketing.

É preciso fazer algumas perguntas. Quem vai comprar o meu produto? Qual preço esse consumidor está disposto a pagar por ele? O que eu sei sobre o meu público-alvo? Como me informar sobre esse público? Qual o perfil desse dele? Quais são seus concorrentes? Capte e pesquise todas as informações e só abra seu negócio com muita informação sobre o público.

6 - Que estratégias devo usar para motivar minha equipe?
De acordo com cálculos dos autores, um trabalhador dedica ao emprego uma carga horária que supera todas as outras atividades no dia: ele fica de 14 a 16 horas de seu tempo útil no emprego. Se ele não encontra no trabalho um clima agradável, um mínimo de felicidade no trabalho, como ele pode se sentir motivado? O empresário, então, deve providenciar um ambiente de trabalho agradável, descontraído, tratar com respeito as pessoas e não exercer pressão acima do razoável sobre seus funcionários.

Uma boa medida é estimular a participação dos funcionários nos assuntos da empresa. Hoje, os trabalhadores querem participar da vida do negócio, nas estratégias, dar a sua contribuição. Isso os motiva.
Outro aspecto diz respeito ao valor da empresa. Não se pode estabelecer os valores de cima pra baixo, tem quem ouvir o que essas pessoas pensam e assumir esses valores como os da própria empresa.

7 - Preciso treinar meus funcionários, mas não tenho dinheiro. Como faço?
O treinamento precisa ser sistemático. Pesquisas pelo mundo inteiro mostram que o treinamento de pessoas é que faz a grande diferença no sucesso de qualquer empreendimento. Acontece que as pequenas empresas normalmente não têm condição de contratar empresas especializadas em fazer treinamento, seja para tarefas de rotina ou para atender o cliente. Então, uma medida interessante é o empreendedor ir a uma loja semelhante, ainda que seja seu concorrente, e imaginar como que ele gostaria de ser atendido lá. E então trazer essa receita pra dentro do seu negócio e treinar as pessoas pra seguir esses objetivos.

Caso opte por contratar serviços de treinamento, o empresário tem que insistir e não pode desistir de capacitar seus funcionários, porque uma hora eles vão aprender a fazer o trabalho. Ele também deve facilitar a vida do funcionário que busca por cursos externos e liberá-lo se for preciso, pois todo o conhecimento adquirido beneficia o negócio. Isso traz motivação e muitas vezes evita que ele perca o funcionário para um concorrente.

8 - Como arcar com os encargos sociais na folha de pagamento?
Se o pequeno empresário optou por abrir o negócio, ele tem que saber quais são as regras trabalhistas as quais ele está sujeito. O livro recomenda que ele pense duas vezes antes de contratar alguém. Só contrate quando você percebe que é extremamente necessário, pois a legislação brasileira não favorece a pequena empresa.

A saída, então, é evitar contratar ou contratar absolutamente quando for indispensável. Há negócios que morrem por mau atendimento ao cliente. Se você for olhar com atenção, ele - o empreendedor - não tinha as pessoas necessárias pra prestar esse serviço.

9 - Quais os cuidados que o empreendedor precisa ter na gestão financeira de seu negócio ?
O planejamento financeiro precisa ser feito por uma pessoa que tenha conhecimento nessa área de finanças. Caso não o tenha, o melhor a fazer é deixar esse trabalho na mão de um bom contador, que possa assessora-lo e que faça o serviço mais pesado.

10 - Meu negócio está indo muito bem. É hora de abrir uma franquia?
Antes de abrir uma franquia, você precisa saber se ela está bem posicionada no mercado em que vai chegar. Checar se existe demanda na região pelo produto que você vai oferecer é uma boa estratégia. Tem que pesquisar o público e analisar os concorrentes. Se não fizer isso, você pode fazer uma opção por uma franquia errada no lugar errado e enfraquecer seu negócio. Você tem que olhar a franquia pelo lado do posicionamento da marca, se ela terá uma bos visibilidade como tem a sede.

 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

AS IFRS E O GERENCIAMENTO DE RISCOS

Gerenciamento de riscos e as Normas Internacionais de Contabilidade – quais são os riscos envolvidos na adoção (ou não) das IFRS?

 

As IFRS (International Financial Reporting Standards – Padrões Internacionais de Relatórios Financeiros, numa tradução livre) foram adotadas em etapas em países da Europa a partir do início dos anos 2000 e, posteriormente, em diversos outros países do mundo – incluindo o Brasil a partir de 2008 (com a Lei 11.638 sendo sancionada em Dezembro de 2007).

Para entendermos os principais riscos envolvidos nas IFRS é necessário entendermos quais são os seus principais objetivos:

(i) A padronização internacional das demonstrações financeiras (também chamadas de demonstrações contábeis no Brasil) – este objetivo das IFRS visa facilitar as análises dos investidores sobre as demonstrações financeiras. Com a pulverização dos investidores pelo mundo (impulsionado, também, pela melhoria da internet e segurança das informações), hoje se faz necessário termos um padrão global para que estes investidores consigam analisar a saúde financeira de uma empresa em qualquer parte do globo. Com isso, a alocação de recursos poderia ser feita de forma, realmente, globalizada;

(ii) Com o objetivo um alcançado, seria possível reduzir os custos de capital e a otimização de eficiência para as empresas, pois seria possível termos uma melhoria sistêmica nos sistemas de informações, a maior eficiência de auditoria nas empresas, melhorias em treinamentos dos profissionais de contabilidade / mercado financeiro / investidores;

(iii) Esta padronização global nos traria a possibilidade da comparabilidade entre as empresas de um mesmo setor ao redor do mundo, verificando em que países estas empresas estariam com uma melhor saúde financeira, ou não;

(iv) Uma visão mais gerencial / financeira sobre as demonstrações financeiras – as demonstrações financeiras ganhariam um ponto de vista mais voltado para os objetivos reais da administração da empresa (e não somente para fins fiscais, como era, e ainda é, comum no Brasil). Os principais objetivos e as principais interpretações da administração das empresas estariam estampadas em suas demonstrações financeiras, promovendo ao leitor destas um destaque sobre o comportamento destas empresas em relação aos objetivos da sua administração;

Estes são alguns dos principais objetivos das IFRS, que já foram adotadas em mais de 120 países e entre os anos de 2011 e 2012 teremos mais países adotando as IFRS, entre eles: Argentina, Canadá, México, Coréia do Sul etc.. O Japão deverá decidir sobre a obrigatoriedade de adoção das IFRS ainda em 2012 – lá, as IFRS já são aceitas, mas não obrigatórias.

No Brasil, as IFRS foram traduzidas quase que literalmente para os CPCs - pronunciamentos emitidos pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos Contáveis, que havia sido criado em 2005, e está dedicado, principalmente, à convergência com as normas internacionais e à centralização na emissão das normas dessa natureza. No Brasil, a adoção dos CPCs começou a ser obrigatória para as demonstrações financeiras (ou contábeis) emitidas em 31 de Dezembro de 2010 ou após esta data.

Entendendo os principais objetivos, conseguimos deduzir alguns dos maiores riscos da adoção, ou não adoção, das Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS). Os principais riscos diretamente relacionados aos objetivos das IFRS:

(i) Vitrine Global – como o principal objetivo das IFRS é padronizar as demonstrações financeiras das empresas ao redor do globo, um dos principais riscos é exatamente não estar em conformidade com as IFRS, perdendo a oportunidade de ter sua empresa em uma vitrine global para os investidores. Isso pode acarretar em diversas deficiências como, por exemplo: dificuldades em obter capital; custo mais alto deste capital;

(ii) No Brasil – como no Brasil temos a obrigatoriedade de adoção dos CPCs, a partir de 31/12/2010, uma entidade que se encaixe nos requisitos para adotar este padrão não poderia "não-adotar", pois não estaria cumprindo as normas brasileiras. Com isso, cabe ressaltar, que as empresas brasileiras (exceto as pequenas e médias empresas, para as quais existe o CPC-PME), já deveriam estar em conformidade com os CPCs – que representam, em boa parte, o padrão internacional das IFRS;

(iii) Investimentos internacionais – em linha com o primeiro tópico (vitrine global), e em épocas de crises na Europa e nos Estados Unidos, os países emergentes (principalmente os BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China) chamam a atenção pelo crescimento da economia em detrimento às crises internacionais. Com isso, muitos investidores internacionais buscam diversificar seus investimentos e buscam empresas nestes países para aplicar seu capital. A não adoção das IFRS pode fazer com que o investidor internacional não entenda as demonstrações financeiras de sua empresa;

Outros riscos sobre a adoção, ou não adoção, as IFRS, principalmente para as empresas brasileiras são, por exemplo:

(iv) Mudança de cultura – a mudança de cultura deve ocorrer principalmente nos profissionais de contabilidade mas, também, nos profissionais dos demais setores – o link de comunicação entre a administração e a contabilidade deve estar cada vez melhor e mais claro, uma vez que as demonstrações financeiras devem representar uma visão gerencial sobre os números da empresa, incluindo alguns pontos de vista estratégicos para determinadas operações. Como sabemos, a mudança de cultura é uma das mais complexas para realizarmos, e uma das que mais demandam tempo;

(v) Mudança no ambiente de TI e Controles – as mudanças no ambiente de TI e de controles internos se fazem necessárias, uma vez que diversos cálculos e considerações mudam com a adoção das IFRS. A "segunda onda" das IFRS trata, também, deste assunto – a maioria das empresas adotou as IFRS via controles manuais, visando "apenas emitir suas demonstrações financeiras de acordo com as normas internacionais" – e isto veio antes das melhorias necessárias em sistemas e controles. Os riscos envolvidos em mantermos controles manuais são os já conhecidos de erros devido a input incorreto de informações / ou mesmo erros de digitação;

(vi) Falta de patrocínio da Administração – grande parte das empresas enxergam a adoção das IFRS como um projeto do Departamento de Contabilidade, o que não é 100% correto. Os maiores impactos, sem dúvidas, estão neste departamento mas, como já informado anteriormente, todas as áreas deverão ter um maior link com a contabilidade, assim como procurar expôr mais os objetivos da empresa para cada uma das diversas operações que a empresa pode ter. Um exemplo clássico desta necessidade de comunicação do objetivo da transação é uma operação de instrumentos financeiros – caso a empresa queira somente se proteger de uma variação cambial, por exemplo, o tratamento contábil é um, e as demonstrações financeiras são impactadas de uma forma. Caso a empresa objetive lucrar com a operação, e não se proteger, o tratamento contábil e os impactos nas demonstrações financeiras são outros;

(vii) Sobreposição de controles ou Headcount insuficiente – é comum vermos empresas em que os profissionais já estavam sobrecarregados com suas tarefas diárias. Após a adoção as IFRS é comum que muitos destes profissionais tenham "ganhado" novas tarefas para o seu dia-a-dia e isso, geralmente, não é adequado. Outras vezes vemos tantas pessoas envolvidas em um mesmo processo – e isso pode gerar a sobreposição de controles internos, ou a redundância destes controles;

(viii) Atualização constante dos profissionais de contabilidade – em linha com a mudança de cultura, precisamos atentar para uma mudança radical na profissão de Contador. Estávamos acostumados a uma única Lei, visando atender ao Fisco, desde 1976 – a Lei 6.404, ou "Lei das S/A". Esta Lei, como tamém informamos acima, foi alterada pela Lei 11.638/07, ou "a Nova Lei das S/A" – e esta Lei trouxe consigo a necessidade dos pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC. Estes pronunciamentos são constantemente revisados e atualizados e, com isso, os profissionais de contabilidade precisam estar em dia com estas atualizações. Esta mudança de cultura é essencial para a atualização técnica destes profissionais;

(ix) RTT – no Brasil, assim que a Lei 11.638 foi sancionada, foi introduzido, também, o Regime Transitório de Tributação (MP 449/08 e Lei 11.941/09). Como nossas demonstrações contábeis e livros eram, principalmente, para atendimento das exigências fiscais, e com a mudança destes, se fez necessário criar um regime transitório a fim de apontar as diferenças entre os livros fiscais e os livros em IFRS. Este regime se tornou obrigatório em 2010 e o fisco está revisando as necessidades deste. A tendência é que não tenhamos mais o RTT, em um futuro próximo;

(x) Atualização das normas – as IFRS foram baseadas, principalmente, nas FRS (Financial Reporting Standards) da Inglaterra, cujos padrões contábeis baseiam-se em princípios (e não em regras, como é o caso do padrão norte-americano USGAAP – United States General Accounting Accepted Principles e, também, como era o caso da nossa Lei 6.404). Alguns assuntos como, por exemplo, instrumentos financeiros (principalmente), estão sendo revisados e a tendência é que cada vez mais se aproximem do padrão norte-americado (USGAAP). Um dos principais motivos é que, basicamente, os americanos "entendem mais" de instrumentos financeiros do que boa parte do mundo, e seu mercado de "instrumentos financeiros" é o mais aquecido do mundo. Além destes assuntos, outros – como Consolidação, por exemplo, estão sendo revisados / atualizados. E isso faz com que a necessidade de atualização técnica dos profissionais continue.

Publicada:
Administradores.com.br - 05 de setembro de 2012, às 11h05min
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/as-ifrs-e-o-gerenciamento-de-riscos/65773/

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A IMPORTÂNCIA DA CONVERGÊNCIA DAS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE


Por um processo intenso de falta de criatividade, fiquei tanto tempo sem atualizar este nosso espaço, pelo que verdadeiramente peço desculpas.

Ainda assim, aproveito-me do esforço e potencial de outrem (mas confesso, com bastante pertinência), neste caso, de Joana Darte Avelino dos Santos (minha estimada orientanda em TCC do curso de Ciências Contábeis na UESB), para afirmar meus pensamentos agora, transcrevendo parte da introdução do seu TCC (ainda em fase de avaliação e aprovação, mas por mim já aprovado). Vejam:

“A diversidade de povos, línguas e tradições torna o mundo um espaço para interação, o que dinamiza os processos econômicos, sociais, culturais e políticos. A necessidade de criar dispositivos, capazes de unir e aperfeiçoar as relações gerou ferramentas que desconhecem distâncias. O mundo internacional, com visão de rede, possibilita que todos os países estabeleçam atividades de troca, oferecendo e recebendo serviços.”

[...]

”... O desenvolvimento econômico, enquanto atividade global tem gerado impacto na economia do Brasil, quando empresas brasileiras investem em organizações internacionais ou buscam captar recursos financeiros externos para fomentar suas atividades. A internacionalização das operações comerciais, com a abertura de mercado, exigiu da Contabilidade o estabelecimento de padrões para apresentação de seus demonstrativos.”

[...]

“A convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade é a adequação das normas contábeis aos parâmetros internacionais. A finalidade da convergência é a comparabilidade das informações contábeis, possibilitando que as transações comerciais realizadas entre empresas brasileiras e de outros países, possam avaliar seus demonstrativos financeiros através de uma linguagem padrão.”

[...]

“Para acompanhar a realidade econômica, um desafio é [...] exigência de mercado [...] para os profissionais da área de Contabilidade... O perfil do profissional contábil determina um conhecimento abrangente da economia, capacidade de interpretação dos atos e fatos da entidade em que atua, estar sempre atualizando seus conhecimentos, como também, ter atitudes proativas, senso de responsabilidade, compreender de negócios dentro e fora da organização.”

[...]

“A formação do profissional contábil é o resultado da associação de dois ambientes, o interno a partir da academia e o externo que traz as necessidades do mercado para atuação do profissional. [...] Assim, a academia assume papel importante de desenvolver profissionais capazes de atender as exigências determinadas pelo ambiente econômico.”

Poderia ficar aqui transcrevendo muito mais. Mas, para não lhes cansar, e, como sempre faço, sugiro a leitura de um texto produzido por um profissional de mercado, que posto a seguir, onde determinantemente, tenho a intenção de consubstanciar nossos pensamentos acima (meu, mas, principalmente o de Joana).
Peço que leiam:

 

A contabilidade como fonte de resistência à crise econômica

 (*) Adão de Matos Junior

 
Apesar do prolongamento da crise na Zona do Euro e da pífia performance de economias como a dos Estados Unidos e do Japão, o Brasil vem conseguindo manter um razoável dinamismo, resistindo à retração global. Esse contexto trouxe aos gestores brasileiros uma grande necessidade pela transparência das informações de suas empresas, e quando se fala em “transparência” no mundo corporativo não se pode prescindir da contabilidade, que é o que, neste universo, demonstra tais informações.
 
Nesse sentido, foi positiva a visão futurista do País que, desde o final de 2007, adaptou suas leis (com a Lei 11.638/07) a esse cenário que se iniciava na época, na qual o Brasil entendeu que para se enfrentar uma crise deveria buscar forças no mercado interno e no investidor externo.
 
Em contrapartida a esse fato, os investidores e os gestores também se depararam com a necessidade em compreender tais informações que eram geradas, e, dessa forma, o Brasil passou a conhecer e dar importância à contabilidade.
 
A busca do conhecimento por parte dos gestores e investidores quanto à contabilidade, seus princípios e suas normalizações trouxe uma linguagem mais adaptada ao mundo coorporativo e não somente ao nosso mercado, trazendo assim outra fonte de “salvação” durante a crise, quando naquele momento o Brasil estava se preparando para o mercado internacional não somente pelas grandes e médias empresas, mas agora pelas pequenas e microempresas também.
 
As pequenas e microempresas brasileiras não tinham em sua cultura o fato de que a contabilidade fizesse parte de seu negócio e a tinham apenas como uma necessidade para prestar contas ao fisco, geração das guias de impostos e folha de pagamento, dentre outras tarefas. No entanto, agora estão atentas à importância da contabilidade como uma nova visão gerencial, como fonte de continuidade de seu negócio ou de atrair investimentos para o crescimento de sua empresa. Portanto, deve-se estar atento à necessidade de parcerias com empresas contábeis ou de apoio contábil, especializadas e preparadas para as novas demandas.
 
O contador teve, além de obrigações novas, maior reconhecimento de suas atividades que passaram a ser importantes para a tomada de decisão em todas as empresas.
 
Para 2012, esperamos, neste segundo semestre, que o País retome o crescimento – observado nos últimos dois anos – o que fará com que aumente, ainda mais, a internacionalização – seja de empresas ou produtos. Mas, para realizar essa ação, não basta somente ter conhecimento da nova realidade contábil e sim aplicar e colocar os balanços em dia de modo que estes possam ser lidos em qualquer parte do planeta – a adoção do IFRS foi para suprir esta necessidade. Ou seja, a contabilidade se tornou parte essencial para realização dos negócios das empresas brasileiras.
 
Quem ganha com tudo isso são as empresas, o mercado e os investidores, que cada vez mais têm em suas mãos, demonstrações financeiras uniformes, de qualidade e transparentes.

 Publicado em 28/08/2012 - Jornal Contábil - Edição On-Line
http://jornalcontabil.com.br/v5/?p=2392
(*) Adão de Matos Junior:
Diretor de operações da Trevisan Gestão & Consultoria, filial Belo Horizonte.
E-mail: adao.matos@tgec.com.br.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

RECICLAGEM PARA DOCENTES DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS?

Pois é pessoal, gostaria de fazer um comentário bem abrangente sobre essa questão, tendo em vista a importância dela em si tratando do momento em que vivemos, no tocante a contabilidade brasileira, convergida às Normas Internacionais de Contabilidade, base IASB (International Accounting Standards Board ), e, óbvio, em função da importância da formação contábil, coisa que se faz efetivamente nos cursos superiores em ciências contábeis. E aí então, viriam às questões que ainda acredito, não podem calar:
·         As IES de ciências contábeis em sua maioria cuidaram efetivamente das suas estruturas curriculares para adaptar-se a essa radical mudança?
·         Os docentes foram treinados ou ao menos se conscientizaram da dimensão/importância deles na preparação de profissionais que enfrentarão um mercado de trabalho integralmente redefinido em função dessa mudança?
Claro que uma série de outros questionamentos poderiam aqui ser levantados. Mas, conclamo todos à leitura do excelente e crítico texto abaixo, produzido por Professor Elenito Elias da Costa, que minimamente remete-nos a pontos referenciais de reflexão.

Vejam abaixo:


RECICLAGEM PARA PROFESSORES DE CONTABILIDADE



As inovações que alteram a contabilidade das empresas merecem especial atenção do corpo docente do curso de bacharelado em ciências contábeis, haja vista suas mudanças significativas no exercício laboral dos formandos.

Lamento que algumas instituições e coordenações não estejam acompanhando citadas modificações, mas no aspecto qualitativo o sistema deverá tratar de conformidade com as suas peculiaridades.

O quadro de professores do curso de bacharelado em ciências contábeis, motivado pela adequação internacional e inovações tecnológicas tributárias precisam se reciclar para acompanhar essas modificações, mesmo que a grade curricular da instituição não esteja acompanhando significativas alterações.

As Instituições poderiam reciclar seu corpo docente, haja vista as inovações que se insere na capacitação e qualificação dos formandos, ou mesmo que elas não o façam, devem os docentes buscar essa reciclagem para que possam se adequar a essas inovações.

Se percebermos que a qualidade depende dessa reciclagem, mesmo por que devemos ministrar o ensinamento de conformidade com o exercício laboral de nossos formandos caso contrário estaremos distribuindo diplomas.

Preocupa-me esse momento e essa posição, pois sabemos que a grade curricular de algumas instituições de ensino superior está defasada e mais ainda a morosidade na reciclagem dos docentes.

Estamos atravessando um momento bastante delicado para empresas de qualquer porte ou tamanho, instituições financeiras e similares e ainda os profissionais envolvidos e isso não está havendo uma reflexão necessária, mas fatalmente implica na credibilidade dos seus demonstrativos e obviamente dos profissionais envolvidos.

Diariamente o sistema econômico internacional relata fatos que dizem respeito á ausência de transparência na gestão empresarial das empresas e obviamente esse mesmo sistema deverá aportar em nossa economia, onde podemos facilmente identificar as ações demandadas por empresas e profissionais através de suas demonstrações e controles.

Acreditamos que a credibilidade gerada pela transparência denota mais sustentabilidade e continuidade das atividades econômicas das empresas e seus derivativos hão de comprovar suas ações empresariais.

As empresas de quaisquer tamanhos e formas, instituições financeiras e similares e profissionais de contabilidade, estão passando por um momento de transparência incomum que se não houver uma reflexão mais apurada deverão responder por suas responsabilidades.

Motivado pela exigência da adequação internacional da contabilidade e suas inovações tributárias, externam nos Demonstrativos Contábeis e Financeiros situações de fácil identificação de débeis estratégias.

O grande problema é que a educação e cultura no trato da gestão empresarial continuam sendo alimentado por profissionais que mantém a mesma cultura e isso implica na transparência desses demonstrativos.

Os auditores independentes que hão de expedir seus pareceres com base em exame amostral nas demonstrações contábeis e financeiras e demais controles internos estarão com suas responsabilidades bastante expostas.

O sistema atual tem essa exigência, suas ações devem ter sincronia racional com a contabilidade e com seus demonstrativos contábeis, sob pena, de não demonstrar credibilidade junto a Governo, sociedade, investidores, financiadores e demais.

Muitas empresas e instituições, inclusive profissionais envolvidos estarão com suas responsabilidades proporcionalmente envolvidas com suas ações, e responderão por elas.

O futuro do presente apresenta um cenário bastante diversificado, mas sua inserção depende de fatos e atos agregados a uma educação globalizada que sabemos de nossa limitação.

O exercício da contabilidade exige atualização, capacitação e qualificações dos profissionais envolvidos e perfeita sincronia racional com a gestão empresarial devidamente assistida por um planejamento empresarial que comprovará suas ações através de um sistema de diagnóstico empresarial e deverá ter a credibilidade os agentes econômicos em sentido latto.

A Academia está ainda assimilando as inovações o que implica na atividade laboral desses profissionais que estão comprovadamente despreparados para tal feito, bastante simplesmente medir sua formação educacional.

O sistema de informática que alimenta os fatos contábeis, quais sejam fiscal, pessoal, faturamento, estoque, financeiro, contábil e demais necessitam uma maior modernização que compatibilizem essas inovações, assim como sabemos que os profissionais de contabilidade têm sua respectiva limitação.

As empresas ficam a depender mais do fator qualitativo desses profissionais, sob pena de sofrer ônus pecuniários que podem inviabilizar economicamente esses empreendimentos, e seus próprios patrimônios.

É preocupante a situação de professores orientadores de monografias que não tiveram oportunidade de se reciclar, haja vista a necessidade de tal feito para um trabalho de pesquisa com o advento de sua orientação, ou mesmo trabalhos, apresentações, seminários, work class, ou similares que utilizem tal praticidade.

Estou convicto que em sua maioria tal preocupação já fora objeto dessa reciclagem fator esse que reduz preocupações e busca foco na qualidade almejada.


Em face do tema do presente artigos e preocupado com empresas e principalmente com esses profissionais, ressalto que URGE a reciclagem de professores para que possam qualitativamente exercer suas atividades com excelência, principalmente aqueles que não têm exercício laboral que exija a atualização dessas inovações e modernizações em suas atividades.


Temo que caso isso na aconteça, poderá comprometer variáveis derivativas de suas funções implicando na qualidade desejada e poderá ser objeto de comentários dos formandos que já labutam na área.


AUTOR: Elenito Elias da Costa
·          Contador, Auditor, Analista Econômico e Financeiro.
·          Instrutor de Cursos do SEBRAE/CDL/CRC.
·          Professor Universitário Avaliador do MEC/INEP do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis.
·          Consultor do Portal da Classe Contábil e da Revista Netlegis.
·          Articulista da Interfisco e do IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Boletim No.320).
·          Autor de vários textos científicos registrados no Instituto de Contabilidade do Brasil.
·          Sócio da empresa IRMÃOS EMPREENDIMENTOS CONTÁBEIS S/C LTDA.


Jornal Contábil – Edição on-line em 25/07/2012
http://jornalcontabil.com.br/v5/?p=2182