sábado, 22 de setembro de 2012
PARABÉNS AOS CONTADORES NESTE 22/09
Aqui não me interessam questiúnculas sobre se a data é a mais correta ou
não. Como contador que sou, e, costumo
informar a aqueles com quem me relaciono que sou definitivamente contador por
opção. Ou seja, decidi ser contador, pois essa foi a formação/profissão que
escolhi para desempenhar na vida. Apenas aqui quero dedicar algumas palavrinhas
à homenagem desse profissional de suma importância para a humanidade, haja
vista, que essa área do saber existe referencialmente a mais de cinco mil
anos (assim dizem os estudiosos das origens da contabilidade). Há quem afirme,
que “foi
a escrita contábil que gerou a escrita comum, segundo os mais famosos
historiadores e especialistas , como Goody.”
“Com este breve apontamento
pretendemos essencialmente dar a conhecer alguns aspectos da actividade de
guarda-livros de Fernando Pessoa, pois temos a percepção que muitos
profissionais de Contabilidade desconhecem esta sua faceta.”
Podendo também isso ser confirmado em seu Bilhete de
Identidade:
Mas como bem informa Joaquim Guimarães, no artigo acima
referido, Fernando “Pessoa colaborou na Revista de Comércio e Contabilidade sendo
da sua autoria o primeiro artigo do primeiro número (Janeiro de 1926), sob o
título “Palavras iniciais”, do qual extraímos a seguinte frase:”
“Toda a teoria deve ser
feita para poder ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma
teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando
a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a
prática de uma teoria...”.
Nessa revista, Fernando Pessoa, escreveu catorze
artigos.
“Os Relatórios elaborados
por Graciliano Ramos, enquanto Prefeito da Cidade de Palmeira dos Índios em
Alagoas nos anos de 1928 e 1929, são retratados para se chegar as suas explicações
em relação à aplicação da contabilidade utilizada na época, se houve a utilização
do Decreto n. 4.536, que organizou o Código de Contabilidade da União, datado de
28 de janeiro de 1922, nos termos e forma consignados no Regulamento Geral de Contabilidade
Pública que surgiu.”
Mais adiante os autores do artigo, já evidenciam uma
prática de Graciliano em atender àquela época, determinismos do modelo contábil anglo-saxão:
“Outro ponto dos Relatórios
de Graciliano Ramos nos reporta também a comparação com a Legislação Societária
da Inglaterra que desde 1844 exigia que as Demonstrações Contábeis se revistam
das características do True and Fair View.
Esta exigência reflete a
necessidade de que haja uma adequada Fidelidade entre os Registros Internos
(físico-operacionais) e as Demonstrações Contábeis. A palavra Verdadeiro tem o significado de ser
o contrário de Falso e a palavra Justo tem o significado não só de Lucro
adequado, mas também o de que corresponde à aplicação de adequadas Políticas Contábeis
e que a Evidenciação (Disclosure) das informações contábeis reflete com
adequada Fidelidade as transações e eventos que lhes deram origem.”
Com isso, congratulo-me com meus colegas contadores,
considerando-me assim, ao menos hoje, extremamente envaidecido, feliz e honrado,
em ser colega de profissão de dois expoentes magistrais e ímpar da arte da literatura
da língua portuguesa:
Fernando
Pessoa e Graciliano Ramos.
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