quinta-feira, 24 de maio de 2012

VOLTANDO A FALAR DE CONTABILIDADE

Pois é! 
Façamos sempre aquilo que embora não sejamos "experts", mas que tenhamos ao menos alguma "expertise" sobre o assunto. Sendo assim, que falemos daquilo que nos afeta mais diretamente, que são as coisas ligadas à área dos negócios. Contabilidade por exemplo.

Primeiro, aproveito para divulgar e óbvio convidar as pessoas interessadas a comparecer em mais um evento promovido pela FAINOR, dessa vez organizado pelas IES de Ciências Contábeis e de Administração, o 1º EFACC (Encontro das Faculdades de Administração e Ciências Contábeis), que ocorrerá de 24 a 26 de maio, onde, dentre outros temas, discutirá aspectos voltados a Tópicos Contemporâneos em Contabilidade. Lá, por exemplo, ministrarei no sábado 26/05/2012 das 08 às 12 horas o seminário: Semiótica na Comunicação entre a Contabilidade e os seus Usuários.

E, como forma de demonstrar minha satisfação em falar de coisas ligadas a contabilidade, peço aos senhores, a atenção na leitura do texto abaixo produzido por um dos ícones da área de negócios, Antonio Marmo Trevisan (Auditor e consultor de empresas desde 1970, graduado em Ciências Contábeis pela PUC de São Paulo. Diretor e Fundador da Trevisan Escola de Negócios, entidade de ensino que se tornou referência nacional pela tecnologia instalada e metodologia diferenciada em cursos de graduação, extensão, pós-graduação e MBA). 

Vejam o texto, ele fala por si só:


Respiramos Contabilidade, apenas porque nos faz bem, e bem para a Sociedade

Por Antônio Marmo Trevisan

A ciência da sinceridade

No Brasil do capitalismo democrático, a contabilidade é cada vez mais relevante, um fator decisivo para a credibilidade dos setores público e privado.

A ciência contábil floresce e se desenvolve quanto mais democrático for o país. Balanços publicados dão a dimensão do desempenho das organizações. Se os lucros dos bancos são maiores do que a soma dos obtidos pelas outras empresas listadas na Bolsa de Valores, conclui-se que os juros estão elevados e sugam parte da saúde financeira dessas firmas. E mais: a política monetária é alterada em função dessa informação. Se o balanço da previdência indica despesa maior do que as contribuições, o sistema está comprometido.

Imaginem informações dessa natureza em ditaduras. Tiranos controlam seu povo sem lhes dar condições de divergir, e a contabilidade é ciência da sinceridade! A relevância do contador é de tal ordem, que em países como a Inglaterra o orçamento do governo é assinado por um desses profissionais e entregue ao Parlamento pelo primeiro ministro, em ato de visibilidade pública. Jornais e revistas debatem o orçamento e programas de TV e rádio passam temporadas tratando do tema. Ser contador no Reino Unido tem tal significado que até pouco tempo atrás era a rainha quem entregava solenemente a carteira profissional.

Por que no Brasil a contabilidade não foi tratada da mesma forma? Por que os nossos jovens não se entusiasmam pela carreira? Afinal, paga-se muito bem, o mercado sempre demanda esse profissional e ele pode ser um empresário. Parece que a profissão perdeu parte da relevância na ditadura. Informação clara não era o que se queria levar à sociedade. Outro aspecto foi a inflação dos anos 70 e 80 e parte dos anos 90. Durante quase três décadas, nossos bravos contadores ficaram de cabelos brancos, cuidando de corrigir monetariamente os balanços. Sem falar na interferência do fisco, que fazia da contabilidade o seu instrumento para calcular e taxar.

Parte das mudanças veio com a Lei das Sociedades por Ações, de nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, iniciando-se um processo de arejamento da contabilidade brasileira, possibilitando a abertura do mercado de capitais e viabilizando recursos da poupança para as empresas. Mais recentemente, a lei 11.638, de 28 de setembro de 2007, adequou nossa contabilidade às normas internacionais.

A grande missão da contabilidade desde o seu criador, o frei Luca Bartolomeo de Pacioli, é estabelecer a responsabilidade no trato da coisa pública e privada. Este elementar princípio, que ele descreveu em 1494, instituiu uma nova ordem, que indicava ser impossível que alguém aplicasse um recurso sem ter a sua origem definida. Quando não se respeitam tais pressupostos, tende-se a montar orçamentos que não fecham, contas que não batem e empresas e países que quebram.

No Brasil atual do capitalismo democrático, a contabilidade é cada vez mais relevante, um fator decisivo para a credibilidade dos setores público e privado. Por isso, é fundamental a formação de novos contadores altamente capacitados no plano técnico e conscientes de seu papel no desenvolvimento. Que os jovens descubram essa emocionante profissão.

Artigo publicado no Brasil Econômico.
Fonte: JornalContábil – Edição on-line

sexta-feira, 18 de maio de 2012

DESRESPEITO À EDUCAÇÃO NA BAHIA


Às pessoas que normalmente me leem, e, que pelo qual sou intensamente agradecido, e, óbvio a outras tantas que vêm aqui a fim de encontrar assuntos atinentes à contabilidade ou geralmente ligado a área de negócios, peço desculpas e permissão para tratar aqui abaixo, de um tema de extrema importância para esse Brasilzão tão carente de acertar o rumo, que é a educação, e especialmente no tocante ao descaso em que a mesma é intensamente tratada pelo governo do meu estado. Que a propósito, nada melhor que o velho e espetacular Gregório de Matos e Guerra para referenciar:

Triste Bahia

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!
                                                       
Gregório de Mattos

Do livro "História concisa da Literatura Brasileira", de Alfredo Bosi, Editora Cultrix, 1994, SP. 

Mas, para desanuviar um tema ou questão tão densa e triste, peço a permissão para publicar abaixo quadrinhos que me foram enviados pelo Professor Dirlei Bonfim, que por si sós dizem tudo.


Lamentável realidade!!!


Olá, Professores e alunos.

Vejam