domingo, 27 de novembro de 2011

Quanta demora...

Olá Pessoal;

Desculpem a falta de respeito por ter ficado tanto tempo sem atualizar esse espacinho, onde me faço escrivinhador de vez em quando,assim como, tento trazer umas coisinhas que penso serem interessantes. Hoje, por se aproximar o final de ano e em nossa área tem gente aí se preparando para lançar o chapéu pra cima (solenidade de graduação), belo e festivo ato, portanto de uma alegria incomensurável, mas também de friozão na barriga, pois depois daquele momento, vem a tomada de consciência: 

"Ufa! Agora sou um profissional, minha concorrência é real"

Ou seja, não é mais de faz de contas, decorrente do desejo de fazer-se ou apresentar-se melhor, nos aproveitamentos de disciplinas, apresentações acadêmicas, médias apuradas nas cadernetas, etc."

 A hora é de fazer diferente e melhor num mercado fortemente concorrido... E eu daqui, sugiro uma coisinha, que talvez ajude um pouco para uma melhor postura profissional, principalmente para quem vai iniciar um novo negócio, e, em nosso caso, quando, agora, profissionalmente, formos orientar nossos clientes.

Vejam a matéria abaixo:




10 erros que podem detonar o seu negócio antes mesmo de ele nascer



De acordo com a última pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), o Brasil tem a maior taxa empreendedora do G20 e dos Bric. Por outro lado, o país tem ainda um índice muito alto de falência entre os pequenos negócios. Nesse cenário, a estrutura macroeconômica e as dificuldades regionais podem, sim, ter uma boa parcela de culpa nos insucessos. Afinal, nosso ambiente não é dos mais propícios para quem quer fazer negócios:

·         impostos altos,
·         burocracia excessiva,
·         baixa qualificação dos profissionais etc.

[...]

Mas erros simples cometidos pelos empreendedores também podem ser fatais. Para ajudar os novos empresários, a empreendedora e consultora Ana Lúcia levantou os 10 principais erros cometidos na hora de abrir um negócio. Confira:
  1. Não fazer um plano de negócio ou fazer um muito complexo, difícil de explicar;
  2. Não entender o mercado onde vai atuar;
  3. Misturar as finanças da empresa com as pessoais;
  4. Pensar primeiro na estrutura, no escritório, na cadeira, no local e depois no modelo do negócio;
  5. Idealizar o negócio e não dividir com ninguém, perdendo a oportunidade de obter dicas importantes;
  6. Acreditar simplesmente que se o negócio não existe no Brasil é um negócio bom e você vai navegar tranquilamente no oceano azul;
  7. “Se achar” acima de qualquer coisa e não buscar capacitação para ser empreendedor;
  8. Fazer sociedade por amizade e não por competência;
  9. Entrar num mercado ou negócio porque acha que vai dar dinheiro, mas não gosta;
  10. Não selecionar bem os funcionários, preferindo uma equipe mediana.

Administradores.com.br -  10 de novembro de 2011, às 19h45min

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Contabilidade não é pouca coisa


Tenho um péssimo hábito de ser repetitivo. Ou seja, fico às vezes martelando nas mesmas questões e expressões, que imagino o tamanho do abuso que causo a  outrem. Porém, muitas das vezes isso tem um caráter plenamente estudado, com vistas a tentar imprimir na consciência de certos grupos de pessoas uma marca definitiva da importância de certos elementos/práticas vivenciais. Algumas dessas repetições são:
  • Contabilidade é muita coisa; ou,
  • Contabilidade é área de negócios. 
Isso para que?

Com a finalidade de demonstrar que não é possível ver a amplitude da área contábil, pelo mero aspecto de registros e demonstrações. E sim, antes de tudo, vê-la como uma ciência (ou técnica) com objetivos extremamente mais amplos, aplicados e úteis, tendo um espectro e influências determinantes à gestão e sobrevivência empresarial. Portanto, ao contador não é permitida uma existência medida, limitada aos pseudos meros fazeres contábeis...

Quando penso na amplitude da contabilidade, costumo lembrar do poeta Hermínio Belo de Carvalho, em sua magistral homenagem à Mangueira (estação primeira):

Vista assim do alto,
Mais parece um céu no chão.
Sei lá,
Em Mangueira poesia, 
Feito um mar se alastrou
Na beleza do lugar.

Que pra se entender,
Tem de se achar,
Que a vida não é só isso que se ver...

Pois é, a contabilidade é assim...

Com isso, com vistas a consubstanciar o acima escrevinhado, sugiro a todos a leitura do artigo abaixo postado.


RISCO EMPRESARIAL: CONTABILIDADE INIDÔNEA
ELENITO ELIAS DA COSTA

1. Introdução
O cenário econômico nos remete a uma reflexão das crises, financeira, europeia, juros, inflação, variação cambial, tributos, custos trabalhistas, mercado, concorrência, volatilidade, oscilações, imprevisibilidade de recuperação de mercados, e demais fatos que dificultam a gestão empresarial.

É fato que a existência de um P E S - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SUSTENTÁVEL, associado a um DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL, executado com transparência e controle interno, visa identificar os pontos fortes e fracos, de modalidade intrínseca e extrínseca da gestão empresarial, possibilitando inserir menor RISCO a capital investido, haja vista a imprevisibilidade do mercado financeiro.    

O controle de CUSTOS E DESPESAS se tornou essencial para que possamos valorizar o capital investido, buscando sempre identificar o custo benefício de qualquer investimento que signifique desembolso de capital.

Os profissionais envolvidos na gestão empresarial devem possuir uma capacitação e qualificação que denote a comprovação do CHA (Competência, Habilidade e Atitude), que relate sugestões que possam agregar valor e valorizar o capital investido. 

A criatividade deve ser utilizada com sincronia racional que possa alimentar a possa ser inevitável.

O número de empresas optantes do Simples Nacional, e as empresas Médias, representam um expressivo capital investido para obtenção dos resultados positivos, mas isso implica em diversas variáveis, dentre elas, a elaboração de uma CONTABILIDADE em perfeita sintonia com os fatos e atos da gestão empresarial.

Esse fato implica na existência de um PROFISSIONAL ou ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE, que demonstre e comprove atualização e experiência, junto ás inovações tecnológicas tributárias, as adequações internacionais da contabilidade, e principalmente uma visão holística de competências que possam conceder na afinidade desejável.

2. Perfil desejável do Profissional de Contabilidade
Face ás significativas alterações da contabilidade societária oriundas da adequação internacional, que introduziu os princípios da IFRS, USGAAP, IASB, FASB e demais com objetivo de dar maior transparência e controle interno das empresas brasileiras.

Agregado as inovações tributárias que somam a exigência de transparência das citadas empresas.

Em consonância a essas inovações é mister salientar que a exigência do profissional de contabilidade se tornou mais prolixa, exigindo uma postura mais profissional e globalizada desses profissionais.

O perfil atual desses profissionais derivado de sua cultura jurássica com seu nível educacional, agregado a um procedimento do gestor empresarial é factível a existência de ERRO, DOLO e principalmente de INCONSISTÊNCIA CONTÁBIL, consequência dessa adequação.

Os CPC’s aprovados pelo CFC ensejam a aplicação prática dessa adequação, que por sua vez, normatiza os procedimentos para essa alteração, que lamentavelmente deixa órfão esse profissional com sua pífia cultura existencial.

A mudança é radical e deveria ser aplicada paulatinamente de forma que esses profissionais pudessem primeiramente proceder sua alteração cultural e educacional para em seguida assimilar com veemência a citada adequação internacional, sem ocasionar maior RISCO a gestão empresarial.

As escolas, a academia e centros de treinamento estão oferecendo cursos para esses profissionais, acontece que esses treinamentos atende somente aqueles que se preparou para esse momento, que na realidade representa uma minoria.

Com o advento do EFD, Nota Fiscal eletrônica, Conhecimento de Transporte eletrônico, Nota Fiscal de Serviços eletrônico, SPED – Fiscal, SPED - Contábil, SPED – Folha, SPED - PIS/COFINS, Ponto eletrônico, Homolognet, Certificação e demais procedimentos, exige das empresas um ambiente de transparência e maior controle interno, em consequência o profissional de contabilidade deve se atualizar e possibilitar maior foco aos seus relatórios contábeis em sintonia com o planejamento empresarial e de mais controles.

A análise e sugestão desse profissional exigem maior capacitação e qualificação de seus conhecimentos específicos, para que possa agregar valor a atividade da empresa, ratificando a sua existência.

Grande parte dos profissionais em exercício carece de melhor formação que possa agregar valor a gestão empresarial com seus relatórios e sugestões apresentadas, primeiros pelas inovações absorvidas no exercício dessa profissão segundo pela fragilidade de sua formação educacional e cultural.

3. Seguro Profissional
Esse profissional tem como alternativa contratar seguro para garantir seus ERROS e INCONSISTÊNCIA CONTÁBIL, que possa por em RISCO sua atividade laboral, mas devemos observar que em sua maioria citados enganos derivam de DOLO, que, lamentavelmente não pode ser assegurado, haja vista a sua origem analítica.

Acontece que o maior dos enganos contábeis, tem como origem o DOLO, pois mesmo que tenha seguro não tem valia quando oferece a esse ilícito, devendo o mesmo responder civil, penal e criminalmente por seus delitos.

Esse fato delituoso deixa a empresa cliente passível de responder por citadas falhas, principalmente quando inibe o recolhimento de tributo, seja, federal, estadual e municipal, e ainda as contribuições sociais e trabalhistas

4. Sistema de Informação
Com o advento dos sistemas de informática sendo utilizadas pelo EFD e similares trabalhistas e previdenciários, exigem das empresas um sistema que possa utilizar internamente, haja vista a exigência fiscalizatória no cumprimento das obrigações tributárias, desaguando na contabilidade contribuindo significamente na elaboração dos relatórios contábeis, que devem ser analisados, aferidos por profissional de contabilidade com a gestão empresarial.

Nesse processo deverá haver uma seleção mais qualitativa dos profissionais de contabilidade buscando com isso a necessidade de possuir uma sólida formação que possa oferecer ações corretivas que agreguem valor a gestão empresarial.

5. RISCO EMPRESARIAL
A empresa deve observar com bastante critério sua escolha desse profissional, sob pena de responder por suas ações direta ou indiretamente, ocasionando ônus financeiro, muitas vezes insuportáveis pelo capital das mesmas.

A aferição dos relatórios contábeis representa fator necessário pela gestão empresarial na podendo em hipótese alguma deixa a mercê somente do profissional de contabilidade, já que ambos devem responder por sua ação.

A transparência e controle interno representam os fatores norteadores da gestão e da contabilidade, embasados em um planejamento e seguidos diagnósticos empresariais que devem ser executados. 

Acredito que não somente a contabilidade como também auditoria, assessoria e consultoria empresarial devem manter exímio controle contratual de suas ações laborais, sob pena de ser responsabilizado por ações derivadas de sua atividade econômica.

6. SUGESTÕES
Empresas e principalmente profissionais devem observar com clarividências seus contratos e suas ações, pois sua responsabilidade e suas consequências podem prejudicar seu futuro e de sua família.

Investidores devem observar que seu capital exige maior performance profissional dos investidos e que possam minimizar o risco empresarial, que atualmente representam alto risco.
Governos e sociedade hão de exigir uma postura diferenciada das empresas, que possam conceder maior continuidade e sustentabilidade das empresas, que para atingir esse objetivo se faz necessárias ações planejadas e aferidas.

CONCLUSÃO
A cautela na contratação desses profissionais, devem essencialmente observar a sua formação e suas realizações no aspecto laboral técnico e principalmente seu acompanhamento a fim de proceder às aferições necessárias.
  • Seu contador ou escritório de contabilidade tem profissionais que labutam em contabilidade full time?
  • Esses profissionais escrevem artigos, tem livros editados?
  • Esses profissionais lecionam em entidade de curso superior?
  • Esses profissionais se relacionam com entidades que ajudam em sua formação?
  • Esses profissionais demonstram possuir uma melhor cultura, educação na sua formação?
  • Que ideias ou sugestões positivas foram oferecidas para melhorias da gestão empresarial por esses profissionais?
Se, alguma dessas perguntas o deixou desconfiado, ou pensativo, não se preocupa, sua inação o deixará sem empresa e sem futuro.  

Mas acredite isso faz parte de um sistema, alguém sempre terá que pagar por sua inépcia.

Agora, você pode identificar, que quando você e sua família se dirigem a um espetáculo circense, sabiamente visualizará de que piada a plateia está rindo e de qual palhaço que muitas vezes não está no picadeiro. 

O presente artigo não pretende ser completo, nem tão pouco indelicado ou rude com as classes envolvidas, mas visa chamar atenção para o momento especial que a globalização exige e na ocasião me desculpo caso o entendimento for díspare, mas não podemos deixar de refletir sobre esses pontos relatados.


Publicado originalmente:
Jornal Contábil, visitado em 014/10/2011


Bibliografia:
da Costa, Elenito Elias, Contabilidade – Coletânea de Artigos No.1, Editora Fortes
da Costa, Elenito Elias,  Contabilidade – Coletânea de Artigos No.2, Editora Fortes
da Costa, Elenito Elias – Transparência das Demonstrações Contábeis e Financeiras, Editora Juruá
da Costa, Elenito Elias – Artigos publicados em HARVARD, Portugal, Espanha e Brasil.
Bíblia, IFRS, USGAAP, FASB, IASB, CFC e CPC

ELENITO ELIAS DA COSTA, contador, auditor, analista econômico e financeiro, professor universitário, escritor, sócio da empresa, Irmãos Empreendimentos Contábeis S/C Ltda.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A MUDANÇA

Que coisa mais complicada - a mudança. Parodiando Nietzsche, eu diria que a mudança dói ("Crescer dói, descobrir dói, amar dói, se apaixonar dói muito" - Nietzsche). Mas atualmente nada é mais necessário e primordial no cotidiano. Diria até que há alguns anos pensávamos intensamente apenas no nosso concorrente para estarmos preparados e aptos a enfrentarmos as questões/exigências do mercado profissional. Mas, hoje, além do concorrente, temos sempre de estarmos fortemente vinculados à inovação, ou seja,  temos a cada dia de sermos diferentes, mesmo que isso nos tire permanentemente de nossa zona de conforto. Afinal, podemos acordar, fora de tom - fora da realidade, E, aí, às vezes, chegamos tarde e fora de perspectiva. E o que normalmente fazemos? O discurso do velho de antigamente: "Para onde vai o mundo com esses jovens loucos e desorientados?" Quando na verdade, isso é apenas, uma simples e terrível confirmação, que passamos. Que não mudamos a tempo de perceber que o mundo é outro (e podemos ter apenas 20 anos), e, esses jovens (que podem até ter 90 anos), comandam algo que estamos determinantemente despreparados para entender e mesmo conviver.

Por essa e outras razões, sugiro a leitura do texto abaixo, que de certa forma é uma verdadeira “paulada na moleira” na necessidade permanente de mudanças que nos ronda diariamente.

Por que eu tenho que mudar?
“A única coisa permanente é a mudança”, já diz a filosofia budista
Por Roberto Recinella

Temos que mudar simplesmente porque o mundo em que nós nascemos não é mais o mundo em que estamos vivendo. Estes são tempos de transição, instabilidade, renovação, inovação e de pluralidade.

Ao folhar uma revista, um jornal ou mesmo assistir televisão, nos deparamos diariamente com matérias ligadas direta ou indiretamente à mudança. Mais da metade dos livros de gestão, que foram publicados nos últimos três anos, têm a mudança inserida em seu título ou no subtítulo. Também não faltam seminários, palestras, cursos, encontros de marketing, de Administração ou de RH sem que o tema mudança não seja tratado.

Em qualquer empresa, instituição ou mesmo na vida pessoal alguma coisa mudou, está mudando ou precisa mudar. As coisas mudam, as competências exigidas mudam, o ambiente externo torna-se menos favorável, você fica mais complacente e se acomoda. Rivais inesperados, tão ambiciosos quanto você já foi um dia, encontram um modo de alterar as regras e destruir criativamente as coisas que você fez para permanecer eternamente no mercado. Se quiser permanecer na onda de sucesso, você precisa mudar - ou não sobreviverá.

Segundo Max Gehringer devemos aprender com as mulheres. Observe o exemplo delas em sua escalada no mundo dos negócios. Um levantamento feito em 400 empresas demonstrou que atualmente mais de 50% das empresas têm como sua principal executiva uma mulher. Na década de 70 esse percentual era zero. Numa única geração elas decidiram ser melhores do que haviam sido em toda a história, desde as cavernas. Essa lição vale para todos. Quando a gente acorda de manhã querendo ser o melhor acaba conseguindo.

Mas mudar não é fácil
Não é fácil mudar porque, primeiro, a mudança nos remete para fora da nossa zona de conforto, rumo ao desconhecido, sem certezas e garantias de resultados, gerando assim medo e ansiedade. Segundo, porque a maioria das pessoas não tem a menor idéia do motivo pelo qual estão mudando, são apenas levados pelo fluxo da multidão.

Será que ainda não entendemos que as mudanças, hoje tão necessárias às empresas e à vida pessoal, para serem realmente eficazes devem passar por um processo de maturação lenta e gradual? E que essas mudanças serão oriundas da soma das pequenas mudanças diárias na forma de agir sobre comportamentos que, não repentinamente, mas aos poucos, alterarão a mentalidade e as atitudes?

Mudar não se restringe simplesmente a acionar um botão de liga ou desliga, envolve um processo psicológico baseado em motivos pessoais. Isto é: só muda quem quer.

É importante agir cada um a seu ritmo, no ritmo que é possível naquele exato momento. Cada um precisa de tempos diferentes para decidir, para perceber claramente esse processo de mudança. É um processo que não se deve apressar ou forçar de fora, mesmo que pareça evidente a solução. Podemos informar, dar nosso parâmetro, nosso apoio, mas não devemos induzir ninguém a decidir. A pessoa saberá quando é o momento dela. E se não souber, continuaremos apoiando-a, até que esse momento se descortine naturalmente frente aos olhos desta pessoa.

O homem, por medo do sofrimento, parece ter se rendido à vontade de não crescer, não envelhecer, não sentir dor, não se cansar, não se aborrecer. Era o que Nietzsche pensava. "Crescer dói, descobrir dói, amar dói, se apaixonar dói muito".

Desafios e mudanças caminham junto com oportunidades e crescimento. Não aceitar mudanças pode significar bloquear seu futuro. Atualmente, quem se adapta às mudanças apenas sobrevive, para se sobressair temos que promover a mudança.

Viver é estar diante do eterno paradigma ameaças x oportunidades. Toda mudança traz a semente do novo, do medo, do desconhecido, do ridículo, do falível. Mas por outro lado também traz a oportunidade da experimentação, da inovação, da vitória, do sucesso, da curiosidade, da espontaneidade e da originalidade.

Como diz um provérbio chinês, "Não se salta um precipício em dois lances"
O professor de lingüística da Universidade de Berkeley e um dos mais respeitados pensadores do mundo atual, George Lakoff defende a tese de que as pessoas só mudam suas idéias e postura de vida trocando um modelo mental por outro. A Neurociência vem nos mostrando que os conceitos que estruturam nosso pensamento são construídos em sinapses no cérebro, explica ele. Para mudar um comportamento X, temos de construir outros modelos em nossa mente. Não basta simplesmente sermos apresentados a novos fatos se eles não fizerem sentido. Eles precisam ser absorvidos para compor um novo modelo mental, algo que só acontece se a pessoa estiver aberta a aprender. Daí ser tão importante estar sempre abastecendo o cérebro com novos conhecimentos de forma a deixá-lo preparado para o diferente.

Mas ainda assim é importante questionar os novos modelos antes de adotá-los. Manter a mente aberta não significa atirar-se ao que é novo só porque é novo. É preciso avaliar bem o momento de "pular o precipício". E, recorrendo às palavras de Shakespeare, "a prudência é a melhor parte da ousadia". Senão corre-se o risco de cair na conversa de qualquer guru de plantão.

As pessoas simplesmente não enxergam que a vida recomeça a cada manhã e que, sim, tudo pode mudar!

Tudo começa pela humildade, admitindo que ninguém é dono da verdade, inclusive você. Sendo assim, temos sempre o que melhorar , seguindo o exemplo da filosofia Kaizen*.

Para isso, comece observando as pessoas ao seu redor, sejam profissionais de sua área, não necessariamente somente do seu ramo de atividade, até empreendedores do terceiro setor, desde que sejam considerados excelentes. Aprenda com as atitudes dos outros.

Busque conhecimento através de livros, revistas, artigos, cursos, palestras, internet, enfim, onde for possível. Mas lembre-se: existem dois pontos importantes a se considerar. O primeiro é que existe uma tendência em buscarmos conhecimento apenas em assuntos diretamente relacionados ao nosso ramo, profissão ou dia-a-dia e com isso perdendo muitas oportunidades de aprender lições fora da nossa área. Por exemplo, se você é engenheiro, busque novos conhecimentos na área de filosofia, deste modo você consegue alterar a sua estrutura de pensamento e por sua vez reelaborar seus modelos mentais.

O segundo ponto é que nenhum conhecimento é útil se não puder ser aplicado no seu dia-a-dia e com isso venha agregar valor ao seu cotidiano.

Essa é uma questão que pode ser avaliada sob o prisma de tendências x pendências. Você sabe a diferença entre elas?

Tendência é o que eu ainda não sei. Já pendência é aquilo que eu já sei, mas ainda não implementei.

Pare! Faça umaauto-análise. Quantas coisas você sabe e aprendeu, mas não aplica em sua vida? Com certeza você estudou, se formou , fez uma pós-graduação, concluiu MBA, talvez até um mestrado e um doutorado, já leu centenas, talvez até milhares de livros até agora, assistiu infinitas palestras, participou de dúzias de cursos e workshops. Enfim, sua bagagem de conhecimento é imensa, mas você está conseguindo implementá-lo? Quanto deste conhecimento já está ultrapassado?

É possível conhecer alguma coisa de verdade ou só achamos que a conhecemos?
Esta é uma das questões mais antigas e mais duradouras da filosofia. Nem todos os filósofos concordam. Alguns acreditam que sim, podemos conhecer de verdade, outros que não. Entre aqueles que acreditam que sim, temos duas correntes principais: o ceticismo e o dogmatismo. Já os niilistas acreditam que não.

O constante acúmulo de novas informações pode levar a uma mudança no seu conhecimento sobre o assunto. Você pode apenas acrescentar coisas novas ao seu arquivo mental, bem como pode fazer mudanças com elas. É possível que você passe então a acreditar em outras coisas. Isso significa que durante a sua vida você verá seu conhecimento mudar e com ele sua razão. Ou seja: sua forma de pensar. Quem sabe você até não começa a ver as coisas por outro ângulo?

Conforme o pensamento muda, mudam os conhecimentos e assim mudam as verdades.

A própria verdade muda. Nem sempre o que um povo acha ser verdade é o mesmo que o outro acha. Nem sempre o que uma pessoa acha ser verdade a outra também acha. Mais ainda: nem sempre a verdade corresponde à realidade.

Se até a verdade muda porque você não haveria de mudar?

*Kaizen ('kai' significa, em japonês, mudança e 'zen' para melhor) é uma palavra de origem japonesa com o significado de melhoria contínua, gradual, na vida em geral (pessoal, familiar, social e no trabalho).


Publicado em Administradores.com.br - 28 de setembro de 2011, às 07h14min