Tantas coisas têm ocorrido no ambiente empresarial e particularmente em termos de envolvimento à contabilidade e ao contador, que às vezes imaginamo-nos como se tivéssemos permanentemente em “check”. Ou seja, colocamos em estado de alerta e crítica as nossas habilidades e competências para tratarmos de coisas e situações que até bem pouco tempo não nos incomodava, a ponto de até questionar se realmente determinadas dessas situações/coisas, são efetivamente do nosso fazer.
As
novas tecnologias que influenciam direta ou indiretamente o comportamento/sobrevivência
das empresas afetam-nos de forma imediata, visto o nosso comprometimento e zelo
pela boa disposição patrimonial das entidades. Daí, sentirmo-nos plenamente
nesse estado de atenção (ou tensão?) permanente, como a questionar:
§ Nossa formação;
§ Nossa responsabilidade e compromisso com a continuidade operacional dos clientes;
§ A permanente e premente necessidade de formação continuada; etc.
No
entanto, também, isso deve nos remeter a um estado de forte euforia e ânimo positivo,
pois nunca se pensou tanto como agora, na importância do contador gerencial em
detrimento do famoso e deprimente “contador darfista”, figura que não
somente a classe contábil como o empresariado, quer esquecer.
A
propósito, para que não sobrem dúvidas, quem ou como deve ser o contador
gerencial?
Tomando
emprestada definição aposta em trabalho acadêmico de meus alunos na UESB da
disciplina Análise das Demonstrações Contábeis do sétimo semestre de Ciências
contábeis, 2012.1 (Diego, George, Rodrigo, Vinicius, Werley):
O Contador Gerencial,
também conhecido como Controller tem como função, sob a ótica da contabilidade
gerencial, registrar, segregar, disponibilizar e assessorar os administradores
da empresa.
Este profissional, para
desempenhar, com competência as exigências que o posto lhe demanda, deve ter:
§
Um perfil critico proativo e responsável;
§
Domínio da profissão;
§
Capacidade de manter-se atualizado;
§
Qualificação e estudos continuados para acompanhar a dinâmica
empresarial.
Segundo o IFAC - International
Federation of Accouting o Contador
Gerencial é conceituado como o profissional que: “identifica, mede,
acumula, analisa, prepara, interpreta e relata informações (tanto financeiras
quanto operacionais) para uso da administração de uma empresa, nas funções de
planejamento, avaliação e controle de suas atividades e para assegurar o uso
apropriado e a responsabilidade abrangente de seus recursos”.
Como sempre faço, com vistas a melhor consubstanciar
nossas reflexões acima, sugiro a leitura do texto abaixo.
Empresas e Profissionais da Contabilidade em
Check diante das Novas Tecnologias
O nosso sistema tributário continua o mesmo,
não há mudanças na sua estrutura ou até mesmo nas alíquotas, ou criação de
novos impostos, o que observamos é um verdadeiro e rigoroso controle das
operações econômicas e financeiras como nunca antes se imaginou a necessidade
de controle, de mapear e implantar gestão de excelência, a fim de dotar a
empresa de segurança e confiabilidade das informações prestadas ao fisco
brasileiro.
Nesse novo cenário faz-se necessário rever os
conceitos, quebrar os paradigmas, adquirir novos conhecimentos, buscar novas
soluções, é uma mudança que ocorre a cada 30 ou quarenta anos no Brasil, e
considero que ainda que estamos no meio do processo, temos em andamento os
projetos, EFD Social – Folha de Pagamento Digital, cujo detalhamento das
informações nos mostra bastante complexo, não menos complexo o EFD P/3,
controlando todo o processo produtivo de uma indústria, obrigando a informar
cada etapa da sua produção e dos valores agregados a ela, e para completar tudo
isso o BRASIL_ID, controlando todo o transito de mercadorias através de chips,
denominado de RFID, monitoramento por radio frequência.
Outro setor duramente atingido por esse
processo é o das Empresas de Serviços Contábeis ou os chamados Escritórios de
Contabilidade, que ao encontrar a resistência por parte de seus clientes quanto
a necessidade de implementar mudanças, recuam no processo de modernização e
mudanças dos seus paradigmas, e no final da história ambos poderão sucumbir
diante de uma situação e de um sistema que se torna irreversível a cada dia, não adianta resistir porque o mercado é
cruel a lei de mercado trará soluções para suprir esse vácuo que temos hoje de
profissionais e tecnologia adequada.
A discussão mais recente que se apresenta
nesse momento é quanto a utilização da chamada CLOUD COMPUTING (Clique aqui), computação
em nuvens, pelo que nos parece é outro processo irreversível, a engenha de todo
esse processo digital implementado pelo governo traz a necessidade de banco de
dados unificado, e essa nova tecnologia proporciona essa possibilidade reduzindo
custos das empresas no que diz respeito a softwares e hardwares. Muita
discussão ainda se trava sobre ela quanto a segurança, o que vem se mostrando
bastante confiável.
SPED
exige
pensar, analisar, conhecer, e, sobretudo ter coragem de mudar.
Texto publicado em
13/07/2012 no JORNAL CONTÁBIL – Edição on-line
http://jornalcontabil.com.br/v5/?p=2112
Irreversível!!! È a palavra que descreve bem a nova ordem dos processos empresarias, bem colocado pelo autor. A sofisticação dos ferramentais de gestão, permeado pelo avanço contínuo da tecnologia, tem, literalmente colocado em dúvida as habilidades e competências dos profissionais de contabilidade. As empresas estão extremamente criteriosas na seleção de seus profissionais, isso se deve as constantes mudanças ocorridas no cenário econômico mundial, que provoca o acirramento da concorrência, impelindo as empresas a se manterem antenadas as novas tendências e perspectivas futuras. Neste contexto de mudanças crescentes com inserção de novas tecnologias e novos mecanismos de controles gerenciais, o contador ou profissional da área de negócios precisa munir-se de uma gama diversificada de saberes e técnicas das mais diversas áreas do conhecimento, (como já muito bem dito pelo professor Flávio Dantas, em sua explanação introdutória) a fim de que possas atender de maneira satisfatória a nova “demanda das corporações” e da sociedade. A pergunta que sempre me vem a cabeça, graças as intensas provocações do prof° Flávio em sala de aula e, em nossas conversações/discussões nas reuniões do grupo de pesquisas, é: Será que, enquanto estudantes e profissionais de contabilidade, estamos suficientemente aptos a atender de forma eficiente a essa “nova” demanda do mercado? Cada vez mais sedento por profissionais dotados de formação multidisciplinar, capacidade imaginativa e visão empresarial? Eis a questão!
ResponderExcluirProf. Flávio,
ResponderExcluirNão há volta! Um vez no caminho do crescimento profissional e intelectual, não temos o direito de voltar e retroceder nossos conhecimentos. Talvez esse seja nosso grande desafio: aprender a aprender sempre! Não só na área contábil mas na área administrativa, ainda temos alguns profissionais e acadêmicos muito aprisionados em "pacotes teóricos" limitadores da visão e atrofiadores de uma prática invodora.
A tecnologia das comunicações, o avanço das conexões sociais e a necessidade de alternativas inovadoras na gestão dos negócios direciona nossa atuação profissional para vigilância constante.
Tenho tido muitas experiências positivas com os trabalhos de consultoria. Orientar uma empresa-cliente em como ela deve fazer para perenizar seu negócio é um grande desafio! Um passo errado pode comprometer todo o trabalho; portanto, atenção, técnica, conhecimento, uma boa dose de criatividade e bom senso nos ajuda por demais.
Aproveito para convidá-lo para a Palestra SPED Fiscal, a ser proferida pelo Auditor da SEFAZ - Salvador, no dia 25/07/12, às 08:30h. no Auditório do SENAC. Será um prazer recebê-lo.
Brilhante postagem! Forte abraço.